A FENPROF foi instada pelos jornalistas a comentar as declarações do ministro da Educação, Ciência e Inovação sobre 6000 vagas que o titular da pasta considera terem sido abertas nas escolas e para as quais “não encontra justificação”. Tal como os responsáveis do governo anterior já declararam, o apuramento de vagas foi feito segundo uma lógica diferente do que vinha sendo habitual, ou seja, considerando aquelas que têm sido as necessidades permanentes nos últimos três anos letivos, o que corresponde, grosso modo, ao que a FENPROF vinha defendendo.
João Louceiro, membro do Secretariado Nacional da FENPROF, esclarece que essas vagas correspondem a necessidades permanentes das escolas e que, muito provavelmente, em setembro, concluída a distribuição de serviço pelos docentes, haverá ainda muitas vagas por preencher.
Trabalho que o atual governo deveria fazer seria o de instruir as direções para a consideração de horas, designadamente para o desempenho de cargos e para os muitos apoios que são necessários a alunos e a turmas com dificuldades de aprendizagem, coadjuvações e outras dinâmicas de compensação educativa, ao invés de criar um não problema. Problema, isso sim, é a inexistência de um crédito global de horas, por escola/agrupamento que garanta a satisfação destas necessidades.