Évora, 8 de Janeiro, 2025 – O Presidente Manuel Nobre e outros dirigentes do Sindicato dos Professores da Zona Sul estiveram à porta da Escola Secundária Severim de Faria, em Évora, para alertar para os problemas graves que persistem nas escolas, incluindo a falta de professores e a atribuição de horas extraordinárias a docentes que já enfrentam horários sobrecarregados.
Em direto para a CNN, a iniciativa pretendeu dar visibilidade a uma situação que, segundo o SPZS/FENPROF, está longe de ser resolvida. “O governo tem adotado medidas avulsas que não atacam a raiz do problema. Continuamos a assistir à sobrecarga dos professores e a milhares de alunos sem aulas, o que compromete seriamente o direito à educação”, afirmou Manuel Nobre.
A denúncia surge no mesmo dia em que foi divulgado um relatório do Conselho Nacional de Educação (CNE), apontando dificuldades significativas no acesso à educação em todo o território nacional. O documento sublinha que um elevado número de alunos permanecem sem aulas em disciplinas fundamentais, enquanto os professores são sobrecarregados com horas extraordinárias devido à escassez de recursos humanos.
O impacto desta crise no ensino já se reflete no desempenho escolar e na qualidade da aprendizagem. “As soluções apresentadas pelo governo, como a contratação temporária de professores e a redistribuição de horários, são medidas ineficazes e que têm falhado para estabilizar o setor. É necessário tornar mais atrativa a profissão docente e para isso é necessário adotar medidas e políticas que incluam melhores condições de trabalho e de carreira que permitam atrair mais profissionais para a profissão”.
O SPZS exige uma resposta concreta por parte do MECI e reitera que continuará a mobilizar ações em defesa da escola pública e de condições de trabalho dignas para os professores.
A Escola Secundária Severim de Faria é apenas um exemplo de um problema que afeta várias escolas do distrito e do país, colocando em risco o futuro de uma geração de estudantes.