A Federação Nacional dos Professores comemora em 2023 os 40 anos do seu Congresso Constituinte. 40 anos de luta e de defesa da Escola Pública. Para assinalar a data, a FENPROF promoveu uma Conferência Internacional no local onde tudo começou a 28, 29 e 30 de abril de 1983 – a Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa.
«40 anos passados, e quando se aproxima o 50º aniversário do 25 de Abril, a FENPROF considera que se impõe uma reflexão sobre a importância do direito universal à educação — uma das maiores conquistas da nossa democracia —, e sobre até que ponto esse direito se vê ameaçado pela progressiva perda de atratividade da docência, com a falta de professores qualificados a afetar já dezenas de milhares de alunos», declarou a presidente do Conselho Nacional da FENPROF, Manuela Mendonça, que dirigiu os trabalhos.
Na sua intervenção de abertura, Mário Nogueira, Secretário-geral da FENPROF, lembrou o percurso dos últimos 40 anos – o caminho feito e o que falta fazer, com grande enfoque na luta que os professores e educadores têm em curso, por melhores condições de trabalho, pela recomposição da carreira, por uma aposentação justa e pela recuperação integral do tempo de serviço.
António Sampaio da Nóvoa é professor catedrático do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa desde 1996 e reitor honorário da mesma universidade; é doutor em Ciências da Educação pela Universidade de Genebra, Suíça, (1986), tendo defendido uma tese sobre a história do processo de profissionalização da atividade docente em Portugal (séculos XVIII a XX), com o título ‘Le temps des professeurs’; até novembro de 2021, foi o Representante Permanente de Portugal junto da UNESCO.
À Conferência Internacional promovida pela FENPROF trouxe uma comunicação com o título “Professores: libertar o futuro!”, com que deu início ao debate.
A tarde foi reservada ao debate e à partilha de experiências de dirigentes de sindicatos de vários países da Europa com os homólogos portugueses. Nesta sessão, participaram Mary Bousted (NEU), do Reino Unido, Sara Svanlund (STU), da Suécia, Trudy Kerperien (AOb), dos Países Baixos, e Susan Flocken, do Comité Sindical Europeu da Educação.
Howard Stevenson, professor da Universidade de Nottingham, encerrou os trabalhos com a conferência “Ativismo na Educação em tempos de crise”.