Perante as afirmações do ministro das Finanças de que não cederia a nenhum setor profissional por muito poder vocal que tivessem as suas organizações sindicais, a FENPROF decidiu demonstrar ao ministro Medina qual é o poder vocal dos professores e das suas organizações, levando a voz dos professores em luta até ao Ministério das Finanças.
Assim, esta segunda-feira, entre as 14 e as 18 horas, Fernando Medina pôde comprovar a força da voz dos professores nas justas reivindicações pelos seus direitos, por melhores condições de trabalho e pela recuperação integral do tempo de serviço que esteve congelado. Durante quatro horas, em frente ao ministério das Finanças ouviram-se as vozes e as palavras de ordem dos professores em luta. Ao mesmo tempo, algumas dezenas de dirigentes e delegados sindicais distribuíram um folheto onde explicam à população e aos turistas os motivos que levam os professores à luta.
Mário Nogueira criticou Fernando Medina pelas afirmações de que, entre a recuperação do tempo de serviço dos professores e a baixa do IRS, a opção do governo foi pela segunda hipótese aquando da apresentação da proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2024.
Uma delegação da FENPROF foi recebida pela chefe de gabinete e pela assessora para a área da Educação do Ministério das Finanças a quem entregaram a posição da FENPROF sobre a proposta de lei do Orçamento do Estado para 2024.
AÇÃO DE VOCALIZAÇÃO DA LUTA DOS PROFESSORES – LISBOA, 23 OUT. |15h
O ministro das Finanças, uma vez mais, tentando colocar os portugueses contra os seus professores, afirmou que, entre a recuperação do tempo de serviço dos professores e a baixa do IRS a opção do governo foi pela segunda hipótese.
Já antes, em 2018, o Primeiro-ministro afirmara que entre esta justa recuperação e a requalificação do IP3, optava pelas obras naquela via. O IP3 não foi requalificado, a carga fiscal continua a ser enormíssima, muito superior à que existia antes do período da troica, os professores continuam a ser dos poucos profissionais que não recuperaram o tempo de serviço congelado, tendo a haver 6 anos, 6 meses e 23 dias, e a maioria dos portugueses, segundo vários estudos de opinião divulgados, continua a dar razão aos seus professores.
Para além daquela torpe tentativa de colocar a opinião pública contra os professores, o ministro das Finanças decidiu manter o clima de provocação e confronto, afirmando, ainda, que não cede a grupos profissionais só porque têm organizações com forte poder vocal. Sabe lá o ministro Medina qual é o poder vocal dos professores e das suas organizações. Não sabe porque nunca esteve numa manifestação de professores… mas vai saber porque a FENPROF irá levar a voz dos professores em luta até ao Ministério das Finanças.
Será no próximo dia 23 de outubro, segunda-feira, que se realizará a Ação de Vocalização da Luta dos Professores (junto ao Ministério das Finanças), durante a qual será distribuído um documentos (em português, espanhol, inglês e francês) a quem passe no local.
Aparece e junta a tua voz e presença à luta pela profissão e pela Escola Pública.
O Secretariado Nacional da FENPROF