À saída da reunião de negociação suplementar, Mário Nogueira explicou aos jornalistas porque não foi possível chegar a acordo com o Ministério da Educação no que respeita ao regime de concursos. Apesar de o ME ter apresentado algumas alterações ao diploma, designadamente ao nível da mobilidade interna e com a aplicação das novas regras aos professores das escolas portuguesas no estrangeiro que estão sob a alçada do Ministério da Educação, o ME não alterou nenhuma das matérias que os sindicatos tinham definido como “linhas vermelhas”.
Segundo Mário Nogueira, no final da reunião, o ministro adiantou a possibilidade de agendar novas negociações sobre outras matérias. No entanto, além de não ter especificado os aspetos que pretende negociar, fez também depender essa calendarização de um regresso da serenidade às escolas, ou seja, do fim dos protestos dos professores. Em resposta, os sindicatos afirmam: será precisamente a força da luta dos professores e educadores a levar o ministro a sentar-se à mesa das negociações.
Para já, as organizações sindicais anunciaram uma nova ronda da greve por distritos, greve a todo o serviço que não esteja incluído na componente letiva dos professores, greve ao último tempo do horário de trabalho de cada professor e greve às avaliações.
Certa, também, é a marcação de uma greve em todo o país, com uma grande manifestação nacional de professores e educadores, no dia 6 de junho de 2023, ou seja, 6/6/23 – a data que traduz o tempo de serviço que falta aos professores recuperar.